sexta-feira, 9 de abril de 2010

OBRAS DE MARIA BONOMI


Maria Bonomi


Maria Bonomi


Maria Bonomi

Maria Bonomi
A Arte e seu ensino na Contemporaneidade

O texto A arte e seu ensino na contemporaneidade de Silvia Sell Duarte Pilloto têm como objetivo socializar reflexões sobre o ensino da arte na contemporaneidade e seu processo de construção permanente.
Ressalta que o ensino da arte deve ser agregado ao conhecimento prévio do aluno o conteúdo contextualizado com sua vivencia, e a relação aluno professor deve ser de ensino e troca de experiência para um aprendizado significativo.
Nesse contexto o ensino da arte busca uma visão não européia, mas a valorização de todas as expressões artísticas disposta em todos os períodos históricos e artísticos.

Aprender e ensinar: movimento dialógico

O campo da arte é de natureza subjetiva, expressiva e complexa existindo então questionamentos sobre o ensinar e o aprender arte e seu significado para a vida. Sendo que essas dúvidas permeiam o contexto escolar, acadêmico, familiar, encontros e seminários na área da educação da arte e da arte na educação.
A autora em seu texto propõe duas opções de ensino, pelo viés multicultural, na qual o ensino da arte é fundamental no currículo por possibilitar um olhar mais amplo e complexo sobre o patrimônio cultural da humanidade, permitindo ainda a reflexão subjetiva sobre o sujeito e sua participação na construção desse patrimônio. A segunda proposta é uma reflexão epistemológica em que a arte se caracteriza pelo conhecimento, expressão, comunicação, caracterizando assim um compartilhar entre arte e ciência vista não como verdade absoluta, mas como forma de conhecimento, expressão, construção e ressignificação simbólica do mundo e cada área privilegiando especificidade. Para um aprendizado significativo onde exista a construção do conhecimento é necessário à socialização, compartilhamento, ações educativas flexíveis, democráticas, contextualizada e respeitando a subjetividade do educando.

Socializando algumas vivências
Pesquisa realizada pela autora na Universidade da Região de Joinville (Univille), durante o período de 2002 a 2005 com a participação de pesquisadores, bolsistas dos cursos de artes visuais, pedagogia e psicologia em questões relacionadas à arte no contexto da educação infantil e séries iniciais. Sendo o foco da pesquisa baseado na ideia de que a arte deve ser parte integrante dos currículos desde a educação infantil, segundo a autora o conhecimento cognitivo e sensível é apropriado à medida que estamos conectados ao mundo visual, sonoro e corporal, do qual construímos significações.
Ao término do período de investigação percebeu-se que o lúdico é parte integrante no processo de construção do conhecimento nas relações da criança com o mundo. Observando então ser necessário a utilização no contexto escolar do lúdico, sendo que a imaginação é um ato básico do ser humano surgindo no mesmo período que a fala. A autora defende que a imaginação que permeia o universo da criança é responsável direta pela construção da cultura humana, observando que retirando os recursos naturais o que resta ao nosso redor foi construído primeiro pela imaginação.

Processos curriculares em arte: movimento em ebulição

A busca por um ensino da arte significante permeia uma práxis reflexiva, onde o professor privilegie a construção do conhecimento a partir do contexto em que o aluno, a escola, a vivência do aluno respeitando as diferenças, o brincar, o pensar e a familiarização e apropriação das linguagens expressivas da arte estejam vinculadas as praticas de sala de aula. O lúdico não deve ser uma ferramenta utilizada somente na educação infantil, mas nas séries iniciais que são formadas por crianças.

Para além do currículo: o aprendizado humano

A autora traz uma reflexão, sobre o olhar da escola como instituição acostumada a trabalhos estereotipados realizados nas aulas de arte somente para decoração de espaços. Enfatizando novamente a importância da imaginação, criação, percepção, intuição, e emoção na construção do que chama de conhecimento sensível no processo de aprendência. Sob esse viés o fazer criativo dos alunos sempre se desdobra numa constante exteriorização e interiorização das experiências, compreendendo cada vez mais a si mesmo, e em constante aprendizado agregando novas experiências.